Tenho tantas saudades tuas... Tantas!
Há uns tempos que não te escrevo mas, tu sabes, tenho falado muito em ti nestes ultimos tempos...
Gostava tanto que o João te conhecesse Pai, gostava tanto que a avó visse como estás contente por ela ter ultrapassado estes ultimos meses da melhor maneira... Gostava tanto que o tio te pudesse dar um abraço nos tempos em que as coisas não se pintavam com tantas cores, gostava tanto que estivesses aqui, hoje mesmo, a fazer um chá à mãe para lhe passar a constipação!
Gostava tanto que o avô continuasse a falar do Porto contigo, gostava tanto... de tanta coisa.
Essencialmente gostava que estivesses cá, comigo, com eles, connosco.
Gostava que visses como cresci nestes ultimos tempos... Gostava que me aplaudisses por todas as minhas vitórias e que também me repreendesses por tudo o que tenho feito de menos bom.
Precisava que me dissesses por onde ir quando tenho 1000 caminhos diferentes à minha frente e só posso optar por um... Precisava que me sentasses ao teu lado de todas as vezes que eu estou menos bem e que ficasses, ali, a ouvir-me e a mexer-me no cabelo como sempre fizeste.
Precisava, precisava mesmo, que todo aquele amor incondicional que só um Pai consegue dar estivesse aqui a crescer dia após dia dentro de mim.
Continuo a achar tudo isto uma injustiça enorme...
Continuo sem conseguir desculpar quem nos fez isto. Continuo sem perceber porquê!
Continuo aqui no nosso sofá à tua espera...
E, sinceramente, nunca deixarei de estar.
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