Deixei, sem querer, que me escapasses entre os dedos num compasso de saudade que separou os nossos corações com uma, jamais esquecida, recordação.
O nada, do muito que existia, e o frio vivem em mim desde que te tornaste inexistente aos meus olhos vivos num amanhecer ou, até mesmo, num anoitecer.
Deixaste-te levar pelo desaparecer e não me deste a oportunidade, sequer, de prometer cuidar de ti até ao fim dos meus dias e agora o teu sorriso é o reflexo de cada átomo existente em cada lágrima minha.
Deixei-me ficar – agora – parada no tempo na esperança de conseguir fazer uma retrospectiva do que foste, mesmo que nunca deixes de ser, em mim.
Não quero acreditar, mas tu… morreste-me!
É dor, angústia e solidão. É a tua ausência, a consciência que tenho agora de que partiste, realmente. A tua perda roubou-me o sorriso, levou-me o teu conforto e arruinou-me o teu abraço.
Nunca antes tinha tentando perceber o meu olhar como só tu percebias; nunca antes tinha experimentado compreender as minhas palavras como só tu compreendias; nunca antes tinha arriscado entender o meu sorriso, como só tu entendias.
Existia a maior das afinidades e tu… para onde foste?
Diz-me em que céu te encontras. Grita! Qual das minhas estrelas és tu? A mais brilhante? Então desce e consola-me.
Cuida dos nossos sonhos! Por favor Pai.
Hoje foi um dia tão dificil e eu precisava tanto mas tanto de te sentir: aqui e agora.
Sem comentários:
Enviar um comentário