sábado, 26 de junho de 2010

Roma

Já dormimos no chão, em terra firme.
Sim, já me deste terra firme para eu poder fazer dele o meu abrigo, o nosso abrigo.
Ventos e trovoadas surgem sempre, e a regra é agarrarmo-nos ao chão que construímos.. Já o partilhaste comigo, mas ainda és aprendiz assim como eu, ainda temos muita terra que pisar, ainda temos muitos mundos a explorar na brisa suave que entra.
Já me ensinaste a valorizar pequenos momentos entrelaçados na vida real, porque são esses e só esses que valorizam a minha existência.
Já vivemos segundos que ninguém viveu.
Já me deste um bocadinho do teu céu, já me deste uma nuvem daquelas branquinhas para eu guardar no coração a sentar nela quando quiser.
Já me abraçaste em maus tempos e o meu refúgio era a tua nuvem. E sempre será.
Não vivi com mais ninguém aquilo que vivi contigo, e não vou viver. É impossível, e os momentos são inesquecíveis e irrepetíveis.
A nuvem é parte de ti, e parte de ti sou eu.
És único porque és diferente.
E a tua diferença fez me amar-te como te amo hoje, irmão.

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